A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) desencadeou, nesta semana, a 62ª Operação de Repressão Qualificada de 2024, batizada de “Alvitre”, com foco no combate a crimes de corrupção passiva, peculato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
Foram expedidos sete mandados de prisão e 21 de busca e apreensão domiciliar, além de medidas judiciais que determinam bloqueio de bens e suspensão de repasses de emendas parlamentares. As ordens foram autorizadas pela Vara Criminal da Comarca de Ipojuca.
As ações policiais ocorreram em municípios de diferentes regiões do estado, incluindo Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife; Caruaru e Bezerros, no Agreste; além de São José da Coroa Grande, Catende e Barreiros, na Mata Sul.
A operação mobilizou cerca de 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, sob coordenação da Diretoria Integrada Metropolitana (DIM) e liderança do delegado Ney Rodrigues, titular da Delegacia de Porto de Galinhas.
De acordo com a PCPE, a investigação teve início em outubro de 2024, após denúncias feitas nas redes sociais. O inquérito apura o repasse de mais de R$ 39 milhões entre 2022 e 2024, com destaque para uma única entidade que teria recebido R$ 7 milhões em 2023. O caso envolve a Câmara de Vereadores de Ipojuca, no Litoral Sul, que foi alvo de diligências, mas afirmou não ter sido oficialmente notificada sobre a operação.
O trabalho foi desenvolvido em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Pernambuco (GAECO/MPPE) e contou ainda com o apoio da Diretoria de Inteligência da PCPE (DINTEL).