Durante uma operação de fiscalização no município de Exu, no Sertão pernambucano, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou e removeu 19 ligações clandestinas de água em apenas dois dias. A ação resultou na prisão em flagrante de três pessoas acusadas de furto de água, prática considerada crime pelo Código Penal Brasileiro.
A fiscalização foi motivada por uma queda abrupta na vazão da Adutora Luiz Gonzaga, que abastece a cidade. Há cerca de dez dias, a Compesa detectou uma redução significativa no volume de água destinado ao município, sem indícios de falha técnica no sistema. A suspeita de furtos levou à inspeção do trecho entre a sede de Exu e o distrito de Timorante.
Segundo a Compesa, o município enfrenta um rodízio rigoroso no abastecimento e a prática das irregularidades agravava ainda mais a situação. O abastecimento chegou a ser temporariamente interrompido, afetando milhares de moradores.
Com a remoção das ligações clandestinas, foi registrado um aumento de quase 20 litros por segundo na vazão do sistema — volume suficiente para garantir o fornecimento regular de água para cerca de 8 mil pessoas, distribuídas em aproximadamente 2 mil imóveis.
A operação está sendo coordenada pela gerência patrimonial da Compesa, em articulação com as equipes locais e de produção do Sertão, e conta com o apoio das polícias Civil e Militar. Um Boletim de Ocorrência foi registrado para garantir que os responsáveis sejam investigados.
A Compesa reforça que a ligação clandestina é crime, tipificado pelos artigos 155 e 265 do Código Penal, que tratam de furto e atentado ao funcionamento de serviço público essencial. As penas variam de um a cinco anos de reclusão, além de outras sanções cabíveis. As operações de fiscalização devem continuar nos próximos dias.