A decisão do Bradesco de encerrar sua unidade de atendimento em Amaraji a partir de 22 de agosto de 2025 tem gerado descontentamento entre moradores e pequenos comerciantes do município. Embora o banco afirme que continuará presente por meio da Rede de Correspondentes Bradesco Expresso, muitos veem a medida como um retrocesso no acesso aos serviços bancários.
Para parte da população, a substituição do atendimento bancário tradicional por pontos de atendimento terceirizados é vista como uma forma de desresponsabilização do banco com o município, especialmente com os clientes mais vulneráveis, como aposentados e pessoas com dificuldades de acesso à internet ou aplicativos bancários.
Os novos pontos de atendimento foram distribuídos em comércios locais, como papelarias e mercadinhos. Apesar da boa vontade dos estabelecimentos, os serviços ofertados são limitados, e questões como abertura de contas, crédito, financiamentos ou problemas mais complexos acabam exigindo deslocamentos para municípios vizinhos, como Escada.
Vale lembrar que a mesma medida já havia sido adotada em Cortês, cidade vizinha que também perdeu sua agência física. Para muitos, essa é uma tendência preocupante, pois reduz a presença de instituições financeiras em cidades do interior.
Apesar da tentativa de apresentar a mudança como solução moderna e prática, o encerramento da agência é visto por muitos como mais uma porta se fechando no interior, em um processo que privilegia a lógica de corte de custos em detrimento da cidadania financeira.