A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (21), uma nova fase da Operação Grife, com o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão no município de Águas Belas, no Agreste de Pernambuco. As ordens judiciais foram expedidas pela 31ª Vara da Seção Judiciária Federal de Pernambuco, e têm como alvo investigadas ligadas a um esquema de fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com a PF, uma das investigadas já foi indiciada 18 vezes pela prática de estelionato previdenciário e teria se passado por pelo menos 13 titulares diferentes de benefícios obtidos de forma fraudulenta. As investigações apontam que o grupo criminoso utilizava dados de pessoas já falecidas e documentos falsos para requerer benefícios previdenciários irregulares em nome de terceiros.
O prejuízo inicial estimado ao INSS é superior a R$ 100 mil, mas novos levantamentos indicam que o dano real pode ser ainda maior, diante da extensão das fraudes apuradas.
O inquérito teve início após uma comunicação da Caixa Econômica Federal, que detectou a tentativa de saque de quase R$ 60 mil depositados em uma conta vinculada a uma pessoa que, posteriormente, foi identificada como fictícia. A partir dessa descoberta, a Polícia Federal iniciou as investigações, com apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária.
A Operação Grife, conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Caruaru, tem como objetivo identificar e desarticular grupos especializados em fraudes previdenciárias. Os investigados poderão responder por crimes como estelionato contra o INSS, falsificação de documentos públicos e associação criminosa, cujas penas podem ultrapassar dez anos de prisão.

