A Polícia Militar de Pernambuco cumpriu, nesta quarta-feira (15), mandado de prisão preventiva contra um policial militar suspeito de ter cometido crime sexual contra uma mulher de 48 anos dentro de um posto do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), localizado na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho. A ordem de prisão foi representada pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), responsável pelas investigações, e expedida pela Justiça Militar. O policial apresentou-se voluntariamente, acompanhado de advogado, na sede da DPJM, no Quartel do Derby, onde foram realizadas as formalidades legais e será encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (CREED), em Abreu e Lima, onde permanecerá recolhido à disposição da Justiça. As investigações seguem até a conclusão do inquérito.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) e a Polícia Militar de Pernambuco reforçam que repudiam veementemente qualquer forma de violência, especialmente aquela praticada por agentes públicos contra a integridade, a dignidade e a vida das mulheres. Desde o primeiro momento, as instituições atuaram com firmeza na apuração do caso, seguindo determinação expressa da governadora Raquel Lyra.
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, repudiou o crime. “A nossa prestigiosa Polícia Militar é formada por milhares de homens e mulheres que, diariamente, se dedicam com coragem à proteção da sociedade. Infelizmente, um servidor que não honrou a farda cometeu um crime bárbaro e deve ser punido exemplarmente. É absolutamente inadmissível que uma violência dessa natureza seja praticada por um agente do Estado, dentro de uma repartição pública. Por isso, agimos com agilidade e rigor para esclarecer o caso e garantir a responsabilização do autor.”
Assim que o fato chegou ao conhecimento do Comando, todos os policiais que estavam de serviço no posto, incluindo o suspeito, foram imediatamente afastados das atividades operacionais, de forma preventiva, passando a exercer funções administrativas. Como o crime ocorreu dentro de uma unidade militar e envolve um servidor militar, a investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar, tendo uma oficial superior feminina à frente do inquérito. A unidade também acolheu a vítima e conduziu todas as oitivas necessárias. O Inquérito Policial Militar (IPM) será encaminhado à Justiça e à Corregedoria Geral da SDS, que instaurará um Conselho de Disciplina para avaliar a conduta do policial. “A punição pode chegar à exclusão dos quadros da Polícia Militar de Pernambuco”, afirmou o comandante-geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres.