A Associação dos Mototaxistas de Amaraji se manifestou publicamente nesta semana contra o crescente número de motoqueiros oferecendo transporte de passageiros de forma irregular no município. Segundo a entidade, o serviço prestado por esses indivíduos não possui qualquer respaldo legal e fere diretamente a legislação municipal que regulamenta a atividade de mototaxista na cidade.
De acordo com o presidente da associação, Júnior Campos, a lei municipal garante exclusividade à categoria, cujos integrantes estão submetidos a uma série de exigências para atuar legalmente no transporte de passageiros. “Todos os nossos associados possuem habilitação regular, motocicletas com IPVA pago e seguem um estatuto rigoroso”, declarou. A associação ainda informou que há penalidades internas para quem descumprir essas normas, como suspensão temporária das atividades.
A polêmica teve início após um grupo de motoqueiros não registrados começar a oferecer transporte por meio de uma tabela própria, alegando vínculo com a plataforma Uber — que, até o momento, não oferece serviço oficial de mototáxi em Amaraji. Esses condutores, além de não possuírem vínculo com a associação, também não atendem às exigências legais impostas pela legislação local, o que motivou a reação da categoria formalizada.
Júnior Campos adiantou que medidas legais já estão sendo estudadas, inclusive com a participação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), para garantir o cumprimento da lei e proteger tanto os profissionais regularizados quanto os usuários do serviço. “Nosso compromisso é com a segurança da população e com a valorização do trabalho legalizado. Não podemos permitir que pessoas sem qualquer preparo coloquem em risco a integridade dos passageiros”, afirmou.
A associação reforça que é a única entidade reconhecida como representante legal dos mototaxistas em Amaraji e que qualquer serviço prestado fora deste vínculo configura transporte irregular e sujeito a sanções legais.