COM REAJUSTE APROVADO NA CÂMARA PREFEITA ELEITA DE GAMELEIRA GANHARÁ 15 MIL
Procurado pela reportagem, o prefeito Ramos declarou que o reajuste foi uma decisão somente da Câmara e que só soube da votação por meio de uma pessoa que o apresentou, em reserva, a cópia do documento. “Não tem nada a ver com a gente. Foi iniciativa do Legislativo somente. Eu só publico a resolução deles. Eu acho um absurdo este aumento no apagar das luzes, pois foi uma reunião às escondidas”, declarou. Para ele, o município não tem condições de assegurar o reajuste de 50% devido às dificuldades de arrecadação. “A situação atual não permite um aumento desse. Estamos até que está em dia, mas pagando com dificuldade”, afirmou o socialista.
Um dos vereadores com quem a reportagem conseguiu fazer contato por telefone foi o Sandro Pimentel, conhecido como Doca (PTB). Questionado sobre a votação, ele negou que tenha sido votado aumento para os sete secretários. “Não teve votação de aumento de secretário nenhum. Tem alguma coisa errada aí, pois essa votação não teve. A gente mudou, tem outra história”, assegurou. Quando perguntado sobre o que foi mudado e do reajuste para prefeito e vice, ele não respondeu, e disse que só mostraria todos os detalhes pessoalmente. O presidente da Câmara, Josivaldo Mendes, o Vado Bala (PSB), foi procurado para falar sobre o assunto, porém, até o fechamento da edição, não atendeu às ligações.
Já o primeiro-secretário, o vereador José Raimundo Junior, o Irmão Júnior (PCdoB), atendeu ao telefone, mas também evitou tratar do assunto e justificou que não poderia falar porque estava na igreja. Mesmo com a insistência da reportagem em esclarecer o reajuste, o Irmão se esquivou. “Venha aqui na Câmara que a gente fala tudo, ou então ligue para o presidente (Vado Bala)”, esquivou-se. Ao ser informado que o Vado não atendia às ligações, ele, mesmo sendo primeiro-secretário, alegou que não poderia responder sobre a votação. “Eu não posso falar sobre nada, procure o presidente”, disse o vereador, e desligou.